terça-feira, 13 de agosto de 2013

Brigas interferem em como bebês processam a voz

Cérebro dos que presenciavam discussões frequentes dos pais é mais sensível à raiva

A violência doméstica pode deixar marcas no cérebro em formação. Estudos feitos nos últimos anos com tecnologia de imageamento cerebral apontam “pistas” neurobiológicas de vivências estressantes, como hipersensibilidade em regiões que processam dores físicas e emocionais. Agora, cientistas da Universidade de Oregon descobriram relações entre a exposição precoce a discussões entre adultos e distorções no processamento da voz humana: o cérebro de bebês que presenciam brigas dos pais responde mais fortemente a tons de raiva que transparecem na voz – mesmo quando estão dormindo.

Os pesquisadores monitoraram a atividade cerebral de 20 bebês entre 6 meses e 1 ano. Enquanto os pequenos dormiam no laboratório, passaram gravações em que uma voz masculina falava ora com raiva, com muita raiva, com alegria e sem demonstrar nenhuma emoção. Como esperado, o cérebro reagiu de maneira diferente a cada tom. No entanto, o dos pequenos que pertenciam a famílias que tinham conflitos com mais frequência respondeu mais sensivelmente à raiva: foi detectada maior ativação em áreas relacionadas ao estresse e à regulação de emoções, como o córtex cingulado, o tálamo e o hipotálamo. 


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