CLARICE
LISPECTOR
Podemos
defini-la como uma das maiores escritoras dos últimos tempos. Seus escritos são
tão indicados que, ultimamente, muita gente, meio cara de pau, tem inventado
(ou reproduzido) frases, pensamentos, algumas até bonitinhas, mas não se
revelam. Porém, para que sejam amplamente divulgados acabam por colocar como
autoria o nome Clarice Lispector. Duvida? Dê uma espiadinha no Facebook, no
Twitter. Observe a quantidade de gifs com frases de efeitos e de
auto-ajuda com autoria identificada: Clarice Lispector.
É
até decepcionante imaginar que aquele pequeno texto que você encontrou no
perfil de um amigo e simpatizou não seja da Clarice... Acontece bastante... Não
somente com ela, mas com outros grandes autores. Recentemente, ouvi num
programa de entrevistas que Clarice e Caio Fernando Abreu são recordistas.
Deste
jeito, fica difícil. Mas, quem é leitor mesmo sempre pesquisa e acaba
descobrindo!
Retomando
Clarice, o que nem todo mundo sabe é que ela escreveu também para o público
infantil. E diga-se, de passagem, bons contos!
Nesse
processo de escrita para crianças, Clarice buscou estabelecer um diálogo com
elas, fazendo com que a leitura seja um momento de interatividade entre autora
e leitores.
É
o que acontece em A MULHER QUE MATOU OS PEIXES. O título já nos proporciona um
ponto de interrogação na cabeça: “Como assim, uma mulher que matou peixes?”. E
ela inicia o conto afirmando: “Essa mulher que matou os peixes infelizmente sou
eu.” O que pode ser uma verdade bem impactante. No entanto, talvez porque
intencionasse que os leitores lessem o conto inteiro, apesar dela já resolver o
mistério de quem matou os peixes logo de cara, ela continua: “Mas juro a vocês
que foi sem querer. Logo eu! Que não tenho coragem de matar uma coisa viva! Até
deixo de matar uma ou outra barata.”E pede, e espera que seus leitores a
perdoem por ter matado peixes, busca envolvê-los comunicando que somente
saberão como foi este episódio de matar peixes ao final do livro, isto porque,
antes, precisa contar histórias de bichos, o que poderia comprovar sua
afinidade com animais, atenuante no processo de perdão por ter matado os
peixes. E, durante o texto todo vai mantendo este diálogo com o leitor, até o
final que, é claro, não contarei.
Ao
professor menos avisado, convém ressaltar que, caso ele pretenda ler o conto em
voz alta para seus alunos, é impossível que fiquem calados durante este
momento, porque a autora conversa, conversa com os alunos e, lógica e
educadamente, eles responderão.
Bem...
Finalizemos este “Blá, blá, blá...”. O que quero mesmo é compartilhar com vocês
alguns dos contos de Clarice, voltados para este público infantil. Gostaria que
lessem e avaliassem a possibilidade de apresentá-los a seus alunos. E que, caso
apresente mesmo às crianças, dê um retorno sobre como foi esta leitura e a
apreciação.
Seguem
os contos:
· A
MULHER QUE MATOU OS PEIXES;
· QUASE
DE VERDADE;
· A
VIDA ÍNTIMA DE LAURA (que eu amo!);
· COMO
NASCERAM AS ESTRELAS – DOZE LENDAS BRASILEIRAS;
· O
MISTÉRIO DO COEHO PENSANTE.
Boa
leitura!
Acho
que na próxima atualização, trarei algo sobre o Caio Fernando Abreu, o outro
recordista das falsas publicações divulgadas nas redes sociais.
Até
mais!
Ana Paula Alves
Pereira Ferreira
http://portugues.seed.pr.gov.br/arquivos/File/ClariceLispector.pdf
http://portugues.seed.pr.gov.br/arquivos/File/ClariceLispector(1).pdf
http://portugues.seed.pr.gov.br/arquivos/File/omisterio.pdf
http://portugues.seed.pr.gov.br/arquivos/File/ClariceLispector(1).pdf
http://portugues.seed.pr.gov.br/arquivos/File/omisterio.pdf
www.cyvjosealencar.seed.pr.gov.br/.../.
http://www.pioxi.com.br/livros/Clarice%20Lispector%20-%20Quase%20de%20verdade%20(pdf)(rev).pdf
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